sexta de manhã
muuuito cedo. tinha rodízio. estava vindo pra aula (inútil - mas nenhuma seria útil nessa altura do campeonato). na esquina da paulista com a haddock lobo tinha um homem naquela ilhazinha do centro olhando pro túnel. levantou os braços, parecia querer pular.
tenho essa paranóia (tá, eu sei que tenho várias) sobre coisas relacionadas a morte. sempre acho que alguém vai ME matar (tipo escolher e decidir. é ela!) ou vai decidir se matar na minha frente.
bom, voltando ao homem que olhava para o túnel com os braços levantados ao lado, estilo jesus. ele realmente queria pular. pena que só cairía da calçada na rua. nem quebrar o braço não dava. foi aí que pensei: "a preservação da vida é um instinto?". você pode ficar louco à ponto de não se preocupar mais com a manteneição da sua vida? não, não é suicídio. o suicida quer se matar, interromper um ciclo. existe a possibilidade de se perder essa noção por completo e se matar só porque não se sabe mais que a vida deve ser preservada?
3 Comments:
óbvio que sim, senão pessoas não se matariam... a questão é que o homem parado de braços abertos, te fez paranóica... a paranóia está nos teus olhos e não no ato dele... e se ele simplesmente estivesse ali de braços abertos, sentindo o vento, sentindo a vida, e não a morte... muitas vezes procuramos o limiar entre a vida e a morte, não para achar a morte, mas para achar a vida... a vida, chérie. bisou!
This comment has been removed by a blog administrator.
não. não quis me referir aos suicidas. mas a pessoas que talvez se matem por, sei lá, falta de noção. de verdade. real.
Post a Comment
<< Home